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ancestralpampilhosense

A intenção é partilhar este meu gosto pelas antiguidades, pelas histórias, pelas tradições e tudo o que tenha a ver com o património pampilhosense e sensibilizar os descendentes da Pampilhosa da Serra a darem mais valor às suas raízes!

A intenção é partilhar este meu gosto pelas antiguidades, pelas histórias, pelas tradições e tudo o que tenha a ver com o património pampilhosense e sensibilizar os descendentes da Pampilhosa da Serra a darem mais valor às suas raízes!

Monsenhor Nunes Pereira

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(Monsenhor Nunes Pereira no Museu de Fajão. Do lado esquerdo podemos ver uma imagem feita por seu pai e o retrato de sua mãe desenhado por si. Do lado direito o seu retrato pintado por Guilherme Filipe, pintor de Fajão.)

 

Durante todo este mês de dezembro, recordarei e dedicarei uma humilde homenagem àquele que foi um grande homem, sacerdote e artista, Monsenhor Nunes Pereira, e assim estaremos a comemorar o 110.º aniversário do seu nascimento.

Augusto Nunes Pereira nasceu na aldeia da Mata, antiga freguesia de Fajão, a 9 de dezembro de 1906. Ficou órfão de pai muito cedo mas dele herdou as ferramentas que usava para fazer santos, o talento e gosto pela arte.

Foi ordenado sacerdote em 1929, tendo sido pároco em Montemor-o-Velho, Coja e Coimbra (S. Bartolomeu).

A par do sacerdócio, escreveu vários livros de poesia, estudos históricos, colaborou em revistas e jornais. Foi historiador, arqueólogo, etnógrafo, jornalista, professor mas foi como artista que mais se destacou. A sua obra é multifacetada, passando pela gravura, a pintura, o desenho, aguarela, a escultura, a xilogravura e xilografia, ferro forjado, o vitral…

Por onde passava contagiava todos com fé, simpatia e humildade. Investigava a história local e punha a descoberto a história e arqueologia nunca antes divulgada. Defendia o património que a maioria insistia e insiste em destruir, porque, como ele escreveu: “É necessário que alguém vá remando contra a maré”.

Apesar de nunca ter ministrado o sacerdócio no nosso concelho, nunca esqueceu as suas raízes. A ele devemos a descoberta do Capitel do Pelourinho do concelho de Pampilhosa da Serra, a investigação que fez e que culminou nos Contos de Fajão, bem como a ilustração e xilogravura desses mesmos contos, o seu amor e contributo no Museu de Fajão, as obras onde estão imortalizadas as nossas paisagens, a nossa arquitetura, o nosso povo, os nossos costumes e onde hoje podemos ver retratos da identidade pampilhosense.

Faleceu a 1 de junho de 2001 em Coimbra mas a sua obra é eterna e permanecerá nos museus, em igrejas, instituições e em coleções particulares, no nosso país e no estrangeiro.