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ancestralpampilhosense

A intenção é partilhar este meu gosto pelas antiguidades, pelas histórias, pelas tradições e tudo o que tenha a ver com o património pampilhosense e sensibilizar os descendentes da Pampilhosa da Serra a darem mais valor às suas raízes!

A intenção é partilhar este meu gosto pelas antiguidades, pelas histórias, pelas tradições e tudo o que tenha a ver com o património pampilhosense e sensibilizar os descendentes da Pampilhosa da Serra a darem mais valor às suas raízes!

Dia Nacional da água e as fontes esquecidas

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Quando tenho um tempinho livre gosto de conhecer locais ou então revisitar sítios em que já não vou há muito tempo. Às vezes por saudade, outras para ver as diferenças que o tempo faz, ou melhor, que o Homem faz.

No ano passado, no dia 22 de março, dia em que se comemora o Dia Mundial da Água resolvi visitar e dar vida às fontes esquecidas, e as escolhidas foram as Fontainhas e a Fonte de Aldeia Velha, ambas na vila da Pampilhosa da Serra.

Este ano trago-vos uma fonte e lavadouro em Vale de Carvalho e um reservatório e uma fonte na vila de Pampilhosa da serra, para comemorar o dia de hoje, Dia Nacional da Água.

 

Em Vale de Carvalho, o guia foi o Sr. Cortês que amavelmente me levou a fazer uma “viagem” aos meados do século passado, àquele lugar mágico e paradisíaco.

“Mas a fonte está abandonada e já não funciona” - dizia-me o Sr. Cortês. Respondi-lhe que era por esse motivo que a queria visitar e logo nos encaminhamos para lá.

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 Ao avistar a fonte ao fundo já imaginava a sua beleza.

 

Para saber um pouco da história desta fonte, tive que consultar o livro indispensável a qualquer pampilhosense, “Subsídios para uma cronologia do concelho de Pampilhosa da Serra”, dos amigos historiadores, Ana Paula Branco e António Rosa.

Muitos dos fontanários das povoações do concelho nasceram, uns com subsídios do Estado, outros com dinheiro das Comissões de Melhoramentos e dos habitantes das povoações. A três de abril de 1932, é criada uma comissão em Vale de Carvalho para a construção da fonte que hoje fomos visitar. A fonte foi orçamentada em 14.500$00 e a trinta de dezembro de 1935 deu-se por concluída.

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Como hoje também é Dia Mundial da Música, resta-me imaginar, aqui junto à fonte, o dia da sua inauguração, em que não deve ter faltado tocadores de concertina e guitarra e umas vozes afinadas para as acompanhar.

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(O lavadouro público)

 

Como demonstrei ao Sr. Cortês o meu gosto por tudo o que fosse do passado e da história do nosso concelho, para além desta bela fonte abandonada, também me mostrou a parte antiga da aldeia de Vale de Carvalho.

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As casas agora em ruínas ainda mostram algum sinal de prosperidade daqueles tempos.

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Fechados os portões desta bela aldeia, digo-lhe adeus e deixo-a mergulhada na sua paz e no seu silêncio que são afinal a poesia da nossa serra!

 

 

Pela vila de Pampilhosa da Serra...

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Na vila da Pampilhosa ainda há surpresas do passado por descobrir, como este reservatório de água inativo, que recebia água de uma nascente próxima e a armazenava para abastecer uma zona da vila. O que nos surpreende é o Brasão da Câmara Municipal com a data da construção do reservatório, 1950.

 

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O “Baratita” que me ajudou a encontrar o reservatório, pois viu-me meio perdida, ainda me disse que para além desta nascente, a água que «matava a sede» aos habitantes da vila, também vinha do Vale da Serra e do Vale das Baraças.

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 (A mina de onde vinha a água para o reservatório)

 

Para chegar a este reservatório, sobe-se a Rua 5 de Outubro (rua da Capela da Misericórdia) e a meio da rua corta-se para a esquerda, para a Rua da Fonte do Barreiro. Segue-se em frente e quando acabar a rua em paralelos e se ver a fonte singela (que dá nome à rua) do lado direito, continua-se em frente, pelo caminho de terra batida. O reservatório fica perto, do lado direito.

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(Fonte do Barreiro) 

 

E termina assim este dia dedicado à água e às fontes esquecidas que é sempre bom recordar e dar-lhes alguma vida da nossa memória, para não se esquecer a sua importância em tempos passados. Nesses tempos o que representava ir à fonte ou à nascente: O trabalho, o convívio, os bailaricos, os namoros… É para nós hoje o simples gesto de abrir uma torneira.

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